Fogo e Gelo - História da 2.01

Olá, galera! Hoje foi lançada a atualização 2.01, e recebemos também uma pequena história sobre a atualização! É o primeiro conteúdo de Lore por escrito que é lançado oficialmente. Leia aqui a história completa em português!

No site oficial foi publicado apenas o resumo da história em português, com um link para a história completa em inglês. Nós traduzimos a história em inglês completamente e você pode ler a seguir.

Fogo e Gelo

Valera comentou em voz baixa para os seus colegas Paladinos, não conseguindo acreditar:

O Magistrado não poderia ser tão imprudente. Poderia?

A mão de Valera traçou um caminho através de um mapa esfarrapado, marcado com pictogramas e campos de batalha, afastando para o lado os restos escassos de um almoço pequeno demais.

"De Praia da Serpente, através do Brejo Brilhante..." ela parou enquanto ajustava habilmente as posições de pequenas figuras esculpidas.

Ela agarrou um punhado de ossos de galinha, como se pudesse pedir aos deuses por orientação, então cuidadosamente colocou cada osso no mapa. Um fêmur do lado de fora de Fortaleza de Pedra, duas ulnas em Pedra Partida. Preenchendo para as forças do Magistrado que ela sabia que estavam posicionadas nesses pontos críticos.

"Em apenas duas semanas..." Valera disse, parando novamente, perdida em seus pensamentos.

Então, bruscamente, continuou: "Cassie, mais uma vez, os relatórios de observação desta semana."

A caçadora sacudiu uma lista de avistamentos enquanto Valera empurrava as sobras pelo mapa, cobrindo o Reino com sementes de uva e caroços de azeitona.

Não fazia nenhum sentido. Havia muitos avistamentos. As forças do Magistrado dobraram... não, triplicaram da noite para o dia.

A porta do esconderijo se abriu numa pancada, a luz clara cegando temporariamente os Paladinos. Alguns cobriram seus olhos, Inara foi em direção à sua lança.

A silhueta no batente da porta pulsava fogo. E então gelo. O que pareceu uma eternidade se passou antes que ela falasse.

"Eu procuro Valera", ela finalmente disse.

Valera se posicionou de pé. "Sou eu."

A figura se curvou profundamente, revelando uma mecha de cabelo incrivelmente longa. Apenas um grupo usava o cabelo desta maneira... mas eles já não existiam mais.

"Uma Sentinela," Talus sussurrou. "Mas como?"

A Sentinela arrumou a postura, respirou profundamente, e começou a falar.

"Valera, você tem sido uma aliada do meu povo durante séculos. Eu sou Imani, e eu sou tudo que restou dos Sentinelas. O farol foi aceso. Quando eu cheguei à ilha, encontrei rastros do seu povo. Foi então que eu soube que você deve ter me chamado para enfrentar a Escuridão. Os Sentinelas já ajudaram os Paladinos antes," Imani disse, se curvando lenta e profundamente mais uma vez.

"Seria uma honra lutar ao seu lado. E talvez... Nós poderemos salvar este Reino juntas novamente."

A Sentinela segurou seu arco, esperando uma resposta. E Valera segurou sua língua a princípio, incerta sobre o que dizer pela primeira vez em muito tempo.

"Imani, seria uma honra lutar ao seu lado," a Paladina respondeu. "Mas não fomos nós que chamamos você."

"O quê?!" Imani vociferou imediatamente e levantou uma mão envolta em fogo. "O Magistrado me chamou?"

Valera sacudiu a cabeça cuidadosamente.

"Nós alcançamos a ilha logo antes deles. Não temos ideia de quem acendeu o farol... não havia ninguém lá quando nossas forças chegaram."

"Então quem foi?" Imani perguntou.

Como se estivesse sendo comandado, o ar tremulou e estalou, um som tão alto quanto um trovão, mas com uma ressonância profunda que se estendia além do cosmos.

E então um homem mascarado flutuou à existência no meio do esconderijo, seu manto coberto de estrelas denunciando sua identidade, como se sua entrada triunfal não o tivesse feito.

Jenos. O monge de Tau-Kor que entrou nas estrelas... e retornou como um deus.

"Minhas desculpas," o suposto deus disse, distraidamente limpando uma partícula de poeira de sua lapela. "Eu fui.. atrasado por um grande homem de armadura."

Jenos observou em volta da sala, examinando o grupo heterogêneo de elfos, humanos e Ska'drin que se denominavam Paladinos. Eles pareciam ter recrutado até mesmo uma tartaruga. E uma árvore?

"Ah, a Sentinela," Jenos falou. "Vejo que você respondeu ao meu chamado."

Imani deu um passo para trás em choque, abrindo sua boca como se fosse falar, então fechou-a novamente e assentiu com a cabeça.

"Eu trago uma mensagem das estrelas. Uma mensagem de sua destruição iminente."

Os Paladinos ficaram boquiabertos coletivamente, a arma da Tyra caindo com um barulho no chão, inofensivamente.

"Parece que eu preciso encontrar outra nova equipe," um ninja mascarado disse sob sua respiração enquanto um aventureiro com uma bandana na cabeça olhava fixamente em sua direção.

"Eu conversei com a lua," Jenos disse casualmente, como se algo assim fosse possível. "A Escuridão está vindo."

"Que a Pira nos abençoe," Valera comentou. "Então é isso."

"O que é que é isso?" Ying perguntou animada.

Valera agarrou um mirtilo, esmagou-o na sua mão e começou a falar em frases ininterruptas, como uma mulher possuída.

"Há muito tempo, nossa lua era completa. Ela era unida, como nosso Reino uma vez foi."

Ela tocou seu dedo azul no mapa e começou a desenhar.

"Mas ela quebrou, se despedaçou, em milhares de partes. Nós não sabemos por quê."

A fúrcula se conectou ao miolo da maçã e as linhas se tornaram movimentos das tropas.

"Alguns pedaços caíram no Reino. E onde eles pousaram, mataram tudo o que tocaram."

Valera rapidamente esboçou caminhos, e cada caminho se tornou uma flecha apontando para uma única localização.

"Tudo que restou foi o Deserto Destroçado," Valera disse, batendo fortemente com seu dedo azul os montes sem vida.

Imani concordou. "Então é para lá que nós devemos ir."

Esta é a história da atualização 2.01! Se a história for bem recebida, é muito provável que continuem a liberar um pequeno fragmento de Lore a cada atualização, como este. Gostaram da história? Comente sua opinião!